Escritora lança no livro "Degola", na Expo Favela Innovation Amapá 2025
Ela também palstra sobre “Meu Norte Não Migra de Mim”
Favela Literária encerra programação com lançamento de "Degola", novo romance de Monique Malcher
A noite deste domingo (17) promete emoção e reflexão na Favela Literária, espaço satélite da Expo Favela Innovation Amapá 2025, que segue até às 21h, no Sebrae Amapá. Para fechar a programação em grande estilo, a atração nacional é a premiada escritora, jornalista e artista plástica Monique Malcher, que lança seu mais novo livro, “Degola”, publicado pela Companhia das Letras, às 18h30, e apresenta a palestra “Meu Norte Não Migra de Mim”.
Nascida em Santarém, no oeste do Pará, Monique é uma das vozes mais potentes da literatura contemporânea brasileira. Mestre em Antropologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e doutora em Ciências Humanas, com ênfase em estudos de gênero, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), hoje ela vive em São Paulo, mas carrega na escrita o pertencimento e a memória amazônica.
Autora do premiado “Flor de Gume” (Editora Moinhos), obra vencedora do Prêmio Jabuti de Literatura 2021 na categoria contos, Monique se tornou a segunda mulher do Norte a conquistar o maior prêmio literário do país. O livro, que em breve será publicado no México pelo Fundo de Cultura Econômica com o título “Flor de Filo”, consolidou a autora como referência no cenário literário nacional e internacional.
Agora, com “Degola”, seu primeiro romance, Monique expande ainda mais sua voz literária, mergulhando em narrativas atravessadas por gênero, território e identidade. Em sua fala, ela trouxe reflexões sobre raízes, deslocamentos e pertencimento: “o Norte não migra, porque ele mora em mim”.
A participação da escritora na Favela Literária contará com a mediação de Ângela de Carvalho, formada em Ciências Sociais e livreira há mais de 20 anos na Livraria Transa Amazônica, que conduzirá o diálogo de forma sensível e afetiva, aproximando o público da trajetória e da obra de Monique.
Com essa presença marcante, a Favela Literária encerra sua programação reforçando o poder da literatura como espaço de resistência, memória e transformação. Uma noite que ficará registrada não apenas como encerramento de uma programação, mas como abertura de novas páginas para a literatura feita a partir da Amazônia para o mundo.