16 de ago. de 2025

Camelódromo da Expo Favela Amapá pulsa talento

Espaço é destinado a artessãos

E gera renda extra aos empreendedores

Camelódromo da Expo Favela pulsa talento e gera renda para empreendedores amapaenses

Na Expo Favela Innovation Amapá, cada espaço tem sua identidade, mas o “Camelódromo” é, sem dúvidas, um dos corações que fazem o evento pulsar. Há três edições, o ambiente se transformou em vitrine da economia criativa das periferias amapaenses, conquistando os olhos — e o bolso — de quem circula por ali.

São cores, texturas e histórias que se misturam em bancadas repletas de artesanatos, onde os talentos da comunidade se apresentam em forma de produtos únicos. Mais do que um ponto de vendas, o espaço é palco de valorização, troca cultural e afirmação do poder empreendedor das favelas, que cada vez mais cravam seu espaço no mercado.

Entre os rostos que se tornaram presença cativa no “Camelódromo” está o de Sheila Correira, professora e bonequeira apaixonada pelo que faz. Pelo segundo ano consecutivo, ela levou ao evento sua arte delicada e carregada de significado.

“Para mim é maravilhoso estar aqui. Eu trabalho com artesanato, mas as bonecas são minha paixão. Participar da Expo é resgatar tradições que nossas crianças muitas vezes deixam de lado. Curiosamente, quem mais busca minhas bonecas são pessoas de mais idade, que reconhecem o valor cultural que elas carregam”, conta.

As criações de Sheila vão além do brinquedo: são representações culturais que resgatam memórias e identidades, como as bonecas indígenas, as marabacheiras e outras peças decorativas que também encantam quem passa pelo estande. E o sucesso é tanto que já virou compromisso de vida.

“Esse ano foi ótimo, como sempre. Ano que vem estarei aqui novamente, se Deus quiser. Esse espaço é de valorização e de negócio. Aqui a gente consegue uma renda consistente e fortalece nosso nome como empreendedores”, afirma, com brilho nos olhos.

O Camelódromo é isso: diversidade, resistência e oportunidades em forma de feira. A cada edição, mais do que um espaço de compras, torna-se símbolo de uma economia criativa que nasce nas comunidades e se expande para todo o Amapá.